fevereiro 15, 2019

L'Aperitivo: Sambuca

C’è una mosca!

Da infusão de anis estrelado em álcool de cereais com um combinado secreto de ervas surge a Sambuca, bebida cristalina, densa, de aroma e sabor marcantes. O envaze desse licor iniciou em 1851 pelas mãos de Luigi Manzi em Civitavecchia, próximo a Roma. Na mesma localidade que, em 1945, Angelo Molinari desenvolveu a sua receita Extra, que tornou o produto conhecido internacionalmente.

Exitem diversas formas de beber a Sambuca, a primeira que conheci foi com "la mosca”, trazida pela Carla de uma de suas viagens à Itália. Muitas histórias explicam esse preparo, a mais difundida é a de que Anita Ekberg, Marcello Mastroianni e Walter Chiari nos intervalos de gravação do clássico La Dolce Vita (1960), bebericando num café próximo ao set, no meio de uma brincadeira qualquer, um deles teria jogado um grão de café no copo de outro e dito: “C’è una mosca!”[Tem uma mosca!]. O fato é que o grão torrado de café quando mordido ao mesmo tempo em que se tem na boca um gole de Sambuca surpreende, confronta e equilibra a intensidade doce da bebida.

A Sambuca com la mosca, principalmente no leste europeu, é feita flambada de diversas formas, sendo a mais simples delas, colocando fogo sobre o copo de shot já com os grãos de café; a mais elaborada, um jogo de maestria entre dois copos e a chama e, a mais ousada, conhecida como bevi e succhia, que consiste em beber o licor flambado e aspirar o vapor resultante do processo. Mas não precisamos arriscar tanto, podemos provar um dos preparos indicados no site da Molinari ou um dos seus coquetéis.


Ingredientes:

Licor Sambuca
Grãos torrados de café

Em um copo de shot, o famoso martelinho, coloque um, três, cinco (a tradição manda que seja um número ímpar) grãos torrados de café, complete com a Sambuca. Se quiser uma integração maior do sabor do café com o licor, ponha fogo no líquido, mas tenha cuidado, pois a chama inicialmente é invisível. Quando perceber que o café começou a manchar a bebida, tape o copo para apagar o fogo, espere esfriar a borda ou transfira para um outro e deguste sem esquecer de morder o grão de café com a Sambuca ainda na boca. Depois me conte o que achou!


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Um comentário:

  1. Oi, Carla! Coloquei este seu novo post no meu Face, pois está um primor.
    Um abraço,
    Mônica Leite Costa

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Obrigada pela sua visita e comentário no Cucina Artusiana.

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